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21/01/2019

Relatório pede plano de emergência para bairro que afunda em Maceió

Relatório pede plano de emergência para bairro que afunda em Maceió

Texto recomenda treinamento dos moradores para um esvaziamento emergencial do bairro e criação de rotas de fuga. Motivos do afundamento ainda são desconhecidos.


Um relatório do Serviço Geológico do Brasil recomendou a criação de um plano de emergência para atender os moradores do bairro de Maceió que está afundando.

 

As causas das rachaduras e do afundamento do bairro do Pinheiro, em Maceió, ainda são desconhecidas.

 

Por isso, muita gente tem pressa para sair de casa.

 

“Todo dia é uma nova mudança que sai. A gente está imaginando que daqui a pouco o bairro vai virar um bairro fantasma”, disse o corretor de imóveis Maurício Mendes.

 

O Jornal Nacional teve acesso a um relatório sigiloso elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil e entregue ao Ministério Público Federal, em dezembro, que recomenda o treinamento dos moradores para a necessidade de esvaziamento emergencial do bairro e a criação de rotas de fuga.

 

O documento também ressalta a necessidade de estruturação de serviços públicos de emergência como Corpo de Bombeiros, ambulâncias, hospitais e de helicópteros para atender a população.

 

O relatório também pede uma divulgação ampla do que está acontecendo com bairro do Pinheiro, e de todas as medidas adotadas pela Defesa Civil.

 

O Ministério Público Federal afirmou que o documento ainda é parcial e que está acompanhado o trabalho dos pesquisadores na região.

 

“Já discutimos entre a esfera federal, estadual e municipal o plano de contingência. Já está pronto e todo montado. Vai ser apresentado essa semana para a Segurança Pública e os coordenadores que vão tomar conta dessas áreas”, disse Dinário Lemos, coordenador da Defesa Civil Estadual.

 

Três pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil chegaram na quarta-feira (9) a Maceió para avaliar o que pode estar causando o afundamento do bairro. Entre as hipóteses estão o surgimento de uma dolina, um fenômeno geológico que ocorre quando parte do solo cede formando uma cratera, a localização do bairro numa área tectonicamente ativa e a exploração de sal-gema na região

 

“O nosso medo não é somente pelo que está em vista, mas sim o que vem embaixo. Essa é a explicação que queremos”, disse o microempresário Márcio da Rocha Cavalcante, morador do local.

Mesmo com o solo cedendo, muitos moradores se recusam a deixar as casas. Sem ter outro lugar para ir, Maria Betânia Farias e a família cobrem as rachaduras na tentativa de resolver o problema, mas elas continuam aparecendo.

 

“A gente fez pilastra, amarração na casa toda, mas continua abrindo, vai abrindo e a gente vai fechando. Abrindo e fechando para não ver”, diz Maria Betânia.

 

Fonte: G1


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